quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Foi no Vidigal

Quando ela saiu, tinha direção certa, mas no meio do caminho se perdeu. Estava no Vidigal, e foi parar em um pagode, mesmo sem ser convidada. Isso era típico dela, ela sempre ia aos lugares sem ser chamada, no Vidigal já estavam acostumados.

João não a tinha visto, mas sentiu sua presença. Aos poucos o coração de João mudou seu batimento, suas pernas começaram a barbear, suas mãos começaram a ficar frias, e tudo isso por causa dela.

Sempre que chegava a algum lugar ela causava esse tipo de sensação em alguns homens, mas com João era diferente, João sentia que ela tinha entrado em seu coração, sua respiração foi ficando cada vez mais difícil, e como se tudo acontecesse em slow-motion percebeu que se tratava de uma grande mudança.

João não agüentou tudo aquilo, foi perdendo os seus sentidos e inebriado com aquelas sensações foi de encontro com o chão.

Era para ser mais uma tarde de sábado na vida do jovem trabalhador da construção civil. O pagode prometia ser muito bom. Alem da musica que era de seu agrado, Juliana, prima de seu amigo José, estaria lá para conhecê-lo. Tudo foi interrompido. A bala, que tinha como destino Bozó (o “dono do Vidigal”), se perdeu. Ela encontrou João, que não pode conhecer Juliana, e chamá-la para um domingo no parque como planejara.

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